27 de abril de 2011

Coletiva de imprensa com Gloria Kalil


Hoje eu estive em uma coletiva de imprensa no Saison Spa, promovido pela loja Kappaun’s aqui em Petrópolis com a fofa da Gloria Kalil. Ela chegou com um casaco/capa azul royal, no pescoço um dos seus lenços maravilhosos que são marca registrada da consultora, óculos escuros, calça preta skinny básica e sapatos Oxford pretos combinando (muitas tendências em uma mulher só, toda elegante). Simpática e cheia de trejeitos, foi assim que a conheci. Depois de se acomodar na nossa frente, ela perguntou de que meio de comunicação nós éramos e começou a entrevista. Comentando sobre sua palestra na cidade que tem como tema "Os Rumos da moda", Glorinha respondeu a todas as nossas perguntas!


Pergunta: O que será apresentado em sua palestra hoje?
Resposta: Será feita uma análise do consumidor diferenciado dos dias atuais, um pouco mais exigente, e a reação da indústria no mundo com a grande fartura do mercado internacional.

P: A moda petropolitana sofre influência pelo clima serrano na cidade?
R: A moda petropolitana tem grande influência do clima na região serrana, desde a arquitetura até as montanhas. O volume e peso do comércio na cidade é marcante e proporciona um mercado variado, diferenciado e diversificado. Enquanto passei pela Rua Teresa pude ver várias lojas diversificadas, não se vende somente um tipo de moda.

P: Qual a relação do consumidor com a indústria varejista?
R: O consumidor dos anos 80 mudou dos anos 90 pra cá. Hoje, quem dita as tendências é o consumidor que é mimado, informado e exigente. O aqui, hoje, é o mundo todo, não existe mais a moda individualista. A informação é global, então ou as pessoas são antenadas ou não são. O estilo hoje em dia é mais apreciado que a moda. Moda é oferta, estilo é escolha.

P: Qual deve ser o passo tomado pelas marcas brasileiras para se tornarem internacionais?
R: A marca deve ter uma força extrema, já que o conhecimento que ela tem e o seu nome é o foco da clientela. A divulgação é fundamental! São gastos quase a mesma quantia na produção quanto na divulgação, como nos grandes filmes. A verdade é que a mesma marca que vende para a sua avó não é a mesma que vende para a sua mãe, e a que vende para a sua mãe não é a mesma que vende para você. As marcas precisam se focar no seu consumidor principal.

P: O que falta então para a internacionalização dessas indústrias?
R: Falta estrutura em matérias para indústrias têxteis no Brasil, já que metade delas foi massacrada nos anos 90 pelo plano real. A concorrência com a Índia e China, que oferecem produtos com baixo custo é o ponto principal hoje em dia. Os empresário precisam se juntar ao governo para equipar e recuperar a indústria têxtil, com financiamentos e ajuda. É preciso ter força de vontade para combater esse países da Ásia que produzem em muita quantidade produtos de qualidade. A saída seria apostar também no volume, quantidade e qualidade.

P: As indústrias varejistas têm que estar sempre se reciclando para atender ao consumidor exigente?
R: Mas é claro, essa é a base. As indústrias tem que estar a postos da velocidade do fast-fashion, que tem seu tempo curtíssimo, é preciso conhecer o seu consumidor com tamanha agilidade para combater os produtos internacionais, principalmente fornecidos pela China e Índia, que tem ótimo preço e derrubam mercados externos.

P: A moda se expandiu com a globalização?
R: A moda sempre foi globalizada, e os locais onde se expandem tem influência cultural. O mercado está atrás de marcas conhecidas, e a moda brasileira precisa querer se expandir, precisa ser reconhecida e respeitada. Esses dias mesmo eu estava em Milão passando em frente a uma loja lindíssima de uma marca brasileira, enquanto ouvi duas mulheres comentando sobre a roupa que estava na vitrine. Uma das mulheres havia se interessado, enquanto a outra comentou que por aquele preço compraria uma peça de roupa em outra loja mundialmente famosa. Infelizmente o Brasil só tem uma marca conhecida internacionalmente, que é a Havaianas.


A entrevista foi bem rapidinha, mas foi uma experiência super marcante e legal pra mim. Espero que vocês gostem, assim como eu adorei participar.

Glorinha Kalil e eu

Um comentário:

  1. Parabéns, Naná :D
    Que vc se aprofunde cada vez mais nesse ramo, porque vc tem talento pra isso!
    Bj

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